"Uma pessoa que não conhece a sua história é como uma árvore sem raízes." (Marcus Garvey)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Lei 10.639/2003 - A África na Sala de Aula

A Lei 10.639/2003 determina a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Contudo ainda temos muita dificuladade em introduzi-la na sala de aula pela grande escassez de material didático para aproximar os estudantes da cultura africana e fazê-los entender que essa cultura que aparenta ser tão pessoal, distante e indiferente, na verdade é o embrião da nossa própria identidade como povo. Uma indicação é o livro sugestivo até no nome - A África na Sala de Aula - Visita à História Contemporânea -, Editora Selo Negro, publicado em 2005 pela paulistana, bacharel e licenciada em Ciências Sociais pela PUC/SP, mestre em Ciência Política pela USP e Doutora em Ciências Políticas pela PUC/SP Leila Leite Hernandez.
Com densa pesquisa historiográfica, cartográfica e icnocgráfica, o livro desafia preconceitos e lacunas de conhecimento sobre a história do continente africano. A autora re-visita, com extrema sensibilidade, temas fundamentais para a compreensão da história contemporânea desses países na historicidade da violência, discriminação e arbitrariedades dos regimes colonianistas das nações européias. Fatos que fortalecem a têmpera das elites africanas e a indigninação dos povos do continente, levando os movimentos de independência em clamar por direito, liberdade e igualdade como sinônimo de imparcialidade e justiça. A obra contribui de forma significativa para a percepção de que esses temas bcontinuam mal compreendidos pela historiografia e que essa precisa se despir das colorações emocionais e políticas para que seja apresentada de forma correta, principalmente, "na sala de aula". O continente africano é sempre ligado à tradição, como se outros povos nos outros continentes não tivessem tradições. Os africanos tornam-se facilmente explicáveis, basta invocar razões antropológicas, éticas e etnográficas; enaquanto os europeus e americanos são entidades complexas, alerta o escritor moçambicano Mia Couto no prefácio da obra.
Mais informações na postagem original: Retour à Gorée.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Agradecimento

Olá Pessoas,

Que noite! Música, dança, canto, poesia, todas as artes reunidas num só espaço, o Espaço Cultural Pierre Verger. História, cultura, ancestralidade, oralidade, memória, corpo, crianças, jovens, adultos, idosos, a comunidade do Engenho Velho de Brotas. Que noite! Estamos tod@s de parabéns por proporcionar ao público, alunos ou não do Espaço Cultural Pierre Verger, uma noite de integração, uma noite de integrações estéticas.

Gostaria de agradecer a participação de tod@s que estiveram presente, e dos ausentes tb, no Projeto Quarta da Dança - ano I. Acredito que esta ação tenha sido de fundamental importância para afirmar o que pensamos enquanto arte e reafirmar nossas ações enquanto artistas, educadores e artistas-educadores . Obrigada pela energia depositada e espero que continuemos a realizar ações do tipo e, quem sabe, ainda maior. Olorum Modupé.

As minhas memórias me leva a música Bailes da Vida de Milton Nascimento:
 
Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim

Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe, tudo tão bom
Pé a estrada de terra na boléia de um caminhão
Era assim

Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se foi assim, assim será
Cantando me desfaço e não me canso
De viver, nem de cantar
.

Olorum Modupé.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Estética afro


Carapinha Trançadinho
                                                  Juraci Tavares
Estou na minha, durinho,  
pixaim muito bem,
diferente sim, diferente sim,
digo meu nome a vocês
muito prazer sou Cabelinho Carapinha, Trançadinho
Estou bem, feliz, contente, diferente

o amigo vento passa por aqui dizendo: 

Cabelo Trançadinho você é uma criança bonita

Inteligente e contente e encanta a gente
Com cabelo pixaim trançado assim
Pra todas as crianças o menino vento assobia
e canta sorridente não existe cabelo bom
Existe sim cabelo diferente.

                                                                                                      

Negrizu e alunos

O professor titular de dança afro do Espaço Cultural Pierre Verger, Negrizu, apresentou um trabalho que vem realizando com seus alunos na busca do conhecimento, da valorização e da conscientização sobre a cultura afro-brasileira além de promover a auto-estima da  criança e do adolescente afro-descendente pertencente a culturas coletivas.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Contação de histórias na biblioteca

Brincadeira da berlinda



Interações Estéticas no Espaço Cultural Pierre Verger

Projeto Olhar nas costas da memória e Construção de instrumentos

O que é o Projeto?

          O Projeto Olhar nas Costas da Memória consiste em refletir sobre as relações existentes entre corpo, cultura afro-descendente e memória. Desta forma propõe-se ligar sujeito e conhecimento através de experiências vividas nas atividades de interações artísticas na Praça Mestre Bimba do Espaço Cultural Pierre Verger.
         Segundo Petrovick (2004), Uma coisa é ser afro-descendente, outra é sentir-se afro-descendente, ou seja, viver a vida afro-descendente, ser afro-descendente, vivenciar aspectos culturais que nos levam a referenciais afro-descendente. E a memória, vista como atividade mental, implica nesta escolha, nesta seleção que se processa a partir de referenciais individuais e coletivos. 
          Por um lado as características fenótipas não têm como serem escondidas, elas estam na nossa face, no nosso jeito, nos nossos gestos. Mas por outro, quais são estes aspectos culturais que nos traz referências? Seriam as brincadeiras infantis? Seriam as histórias contadas? Seria a música? A dança? O que me leva selecionar situações que me remetem as questões da cultura afro-descendente? E este corpo afro-descendente? Sou negro ou não? Por que sou negro? Minha família é negra? Meus professores e colegas são negros?
          A partir das reflexões do que seja e como se caracteriza os elementos para se formar um corpo afro-descendente a metodologia utilizada para o desenvolvimento deste projeto foi trabalhar a deriva.
          O que é estar a deriva? Segundo Jacques (2003), deriva é a técnica da passagem rápida por ambiências variadas. Seria a apropriação de espaços através da ação de andar sem rumo. Algumas vezes derivar está ligado a ambientes urbanos, mas a partir do momento que não se tem um espaço especifico para o desenvolvimento de uma atividade artística nada melhor que desenvolver a idéia de construir situações que venham mapear os diversos comportamentos com relação ao tema proposto.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Vídeo " A terceira Obra"

O encontro com a Profª. Drª. Sandra Santana com sua pesquisa sobre capoeira angola, que gerou tanto o espetáculo A Terceira Obra quanto sua monografia de mestrado, ocorreu no dia 14 de abril.


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Programação para o "Quarta da dança"

Programação

07.04 - Fragmentos de Ciclos (Re) fletidos
14.04 - Amostra de vídeos
20.04 - Negrizu e alunos
28.04 - Fragmentos de Banquete das Deus - Cia Rumpilé
Conversa com Sandra Santana sobre o espetáculo "A terceira Obra"












quinta-feira, 1 de abril de 2010

Convite


O mês de abril é interiramente dedicado a dança na Bahia e no Brasil. E em comemoração ao mês da dança, o Projeto Olhar nas Costas da Memória promove, junto com o Espaço Cultural Pierre Verger, o Projeto Quarta da Dança. Serão realizadas amostras de vídeos, encontro com artistas e apresentações de trechos de espetáculos com ênfase na cultura afro-brasileira. Participe!!!!!


O que? Projeto quarta da dança
Onde: Espaço Cultural Pierre Verger
Quando: as quartas do mês de abril ás 18h
Quanto: Gratuíto




segunda-feira, 15 de março de 2010